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Gestão se articula para tentar o aporte de verbas e assim garantir o pagamento dos atuais 945 bolsistas

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), publicou uma nota oficial, nesta terça-feira (6), anunciando que não terá recursos para pagar as mais de 200 mil bolsas destinadas a alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Na nota, a Capes cita os bloqueios impostos pelo Ministério da Economia por meio de um decreto que zerou por completo a autorização para os desembolsos financeiros a serem realizados no mês de dezembro.

O MEC divulgou que não tem como pagar, em dezembro, os 14 mil médicos residentes de hospitais federais e outros 200 mil bolsistas da Capes após o congelamento destas verbas.

Solidária com os bolsistas de pós-graduação da instituição que podem ser atingidos pela medida, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) trabalha com outras possibilidades de aporte de recursos, em caráter emergencial, caso os cortes do MEC impeçam o pagamento, neste mês, de bolsas concedidas pela Capes.

As negociações estão sendo feitas meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, que se articula com o Fórum dos Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação das Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras (Foprop) e, em nível estadual, com o Conselho Paranaense de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (CPPG).

O pró-reitor da pasta, Mauro Ravagnani, está em Ponta Grossa, no Encontro Anual de Iniciação Tecnológica e Industrial (Eaiti). Segundo ele, há expectativa de que a situação se resolva politicamente nos próximos dias diante da mobilização que as diferentes entidades vinculadas à pesquisa no Brasil vêm organizando para conseguir o desbloqueio dos recursos destinados ao pagamento das bolsas.