DIA DO VESTIBULANDO

A UEM oferece várias formas de ingresso na instituição, a mais recente delas pelo SiSU, que adota a nota do Enem

Criado para homenagear o esforço dos estudantes em busca do acesso ao ensino superior, o Dia do Vestibulando, celebrado hoje (24), também evidencia a contínua necessidade de se ampliar e aprimorar as formas de ingresso ao nível mais alto do sistema educativo. Por meio de um termo de adesão ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU), em dezembro do ano passado, a Universidade decidiu considerar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o ano letivo de 2022.

O SiSU dispensa taxa de inscrição e a UEM passou a oferecer 622 vagas em 78 cursos de graduação. Criado em 1998, o Enem se tornou uma das principais ferramentas de acesso à educação superior no Brasil.

Outra opção de ingresso na instituição é o vestibular (três chamadas ordinárias), com 60% das vagas destinadas à ampla concorrência, 20% para as cotas sociais, e 20% das vagas direcionadas às cotas raciais (¾ se dirigem para negros de baixa renda e ¼ ficam reservadas para negros sem esse recorte social).

Vigora, ainda, na UEM o Processo de Avaliação Seriada (PAS) como procedimento para a conquista de uma vaga. São três etapas, uma em cada ano, totalizando três anos de provas. A terceira etapa é voltada a estudantes do terceiro ano do ensino médio que tenham prestado as etapas um e dois.

A UEM também oferece a oportunidade de ingresso na graduação por intermédio das vagas remanescentes. O processo ocorre em três chamadas, onde na 1ª são beneficiados candidatos que participaram do Vestibular e/ou do PAS, na 2ª se atende os candidatos que fizeram o Enem; e, na 3ª chamada, são contemplados, com exclusividade, refugiados e imigrantes em situação de vulnerabilidade.

Paralelo a isso, a universidade realiza o Vestibular EaD (educação a distância) e o Vestibular para Pessoas com Deficiência (PCD). O primeiro concurso PCD desta natureza na história da UEM foi aplicado em 27 de março deste ano. Nesta primeira edição foram oferecidas 189 vagas suplementares para ingresso no ano letivo de 2022, abrangendo mais de 70 cursos presenciais.

De ano em ano, ano a UEM propicia também oportunidades de ingresso especial por transferências interna e externa, a quem for portador de diploma de curso superior, e a estudantes que, desligados, resolvem retomar os estudos na instituição.

Além disso, a UEM ainda recebe nativos selecionados pelo Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná, que é um processo unificado no Estado. A seleção é feita pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Cada instituição oferece seis vagas suplementares, à exceção da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde são destinadas 30 vagas. Com inscrições encerradas, o vestibular terá provas nos dias 12 e 13 de junho. 

 

Primeiros vestibulares

A origem da palavra vestibular veio do latim vestibulum, que quer dizer “entrada”. O uso oficial do termo foi criado em 1915, com o objetivo de reestabelecer a responsabilidade do Estado e do governo federal como os gestores principais e reguladores de projetos educacionais no Brasil.

Os primeiros vestibulares foram legalmente instituídos em 1911, quando houve aumento de candidatos interessados em ingressar nas universidades brasileiras, exigindo a criação de processos seletivos. Ao assinar o decreto, o então ministro da Justiça e dos Negócios Interiores, Rivadávia da Cunha Corrêa, queria definir regras para o ingresso de novos estudantes nas universidades públicas. Antes de 1911, entravam nessas instituições estudantes vindos de colégios tradicionais como o Dom Pedro II, do Rio de Janeiro.

O ensino superior é uma das instâncias mais elevadas de aprendizagem no País, considerada um caminho de garantia para ter uma profissão na vida adulta, além de ser um recurso que possibilita conhecimento científico e humanístico.

Infelizmente a realidade brasileira mostra que chegar a essa etapa da vida educacional é condição para poucas pessoas. Somente cerca de 20% dos brasileiros entre 25 e 34 anos têm diploma universitário, demonstrando um grave problema caracterizado pela desigualdade e a falta de investimento em educação, responsáveis pela exclusão de uma parcela significativa da população das universidades.