MESA TIAGO TODOS 2 abertura

Temas foram apresentados nos painéis dos dois últimos dias do envento, encerrado sexta (8)

Pesquisas realizadas na pós-graduação em Química, em Ecologia e em Ciências da Computação da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foram tema das apresentações dos painéis dos dois últimos dias do Paraná Faz Ciência. As atividades fizeram parte da programação do Mês Nacional da Ciência, que tem como tema “A transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o planeta”.

Na manhã de quinta-feira, o Painel 9, “Crimes ambientais e a Ciência forense”, contou com a participação da professora Liane Maldaner e mediação de Luiz Fernando Lolli, ambos professores da UEM. A docente do Departamento de Química destacou a necessidade do emprego de metodologias analíticas reguladas por lei para garantir a confiabilidade do diagnóstico de crimes ambientais, especialmente, contaminações de cursos de água e outros locais por compostos nocivos, que são introduzidos no ambiente por atividades industriais, domésticas e agrícolas.

“Nosso trabalho vem sendo o de garantir métodos e ferramentas de análise para a extração de amostras adequadas para determinar a presença de contaminantes ambientais, em busca de oferecer alertas para a saúde do ambiente e da nossa população”, explicou a docente.

 

professora da uem pea

 

PEA – A Universidade também participou, na tarde do dia 7, do: “Mudanças climáticas: o que a Ciência tem a dizer?”. Na mesa, Dayani Bailly, do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA). A professora contou as ações da equipe do PEA, que está comemorando 30 anos de existência.

“Parte de nossos pesquisadores se preocupa em como as mudanças climáticas atuam sobre a distribuição das espécies. Isso é importante para compreender a dinâmica delas, mas também para a atividade econômica. Um exemplo é a pesquisa que fizemos com o tambaqui, na Amazônia. Percebemos que ele está diminuindo em ocorrência nos rios e isso preocupa. Afinal, as populações ribeirinhas o consomem como fonte de proteína animal, mas também o pescam para gerar renda, para vendê-lo. Sem falar que esse peixe é um grande dispersor de sementes; isto é, contribui para o futuro da diversidade vegetal, já que ele se alimenta de frutas”, contou Dayani.

Às 17h, teve mais Hora da Ciência. A convidada foi a farmacêutica e professora da UEM, Patrícia Bonfim, famosa no Instagram. Ela falou sobre a área da saúde para crianças e adolescentes, sem esquecer de dar dicas sobre vacinas e outros comportamentos que a pandemia da Covid-19 exige.

“Precisamos crer que as nossas ações como a imunização em massa, inclusive, de crianças e adolescentes, é essencial para pensarmos o retorno a uma vida em que a gente pode ir à escola e interagir com nossos amigos e a nossa família, de novo”, alertou.

 

MESA TIAGO Manna 3 no ar

 

O último dia do evento começou às 9h, com o Painel 11, tratando da “Inovação tecnológica nas visitas aos museus universitários”. A atividade contou com a mediação do professor do curso de graduação em Comunicação e Multimeios da UEM, Tiago Franklin Rodrigues Lucena. Diversos painelistas apresentaram experiências de micromuseus, de serviços de digitalização de acervo e de aproximação com a comunidade.

Representando a UEM, o projeto de extensão Manna mostrou a iniciativa de tradução de conteúdo para deficientes visuais, que se encaixa no cenário das tecnologias assistivas. O grupo desenvolveu um sistema de acessibilidade de imagens para deficientes visuais.

"É um equipamento que realiza descrição das imagens, uma alternativa para tecnologias internacionais que são muito caras e, por isso, inacessíveis ao sistema público de educação no Brasil. O Manna Acess ainda permite a organização de módulos customizados para se adequar às diferentes necessidades de instituições como os museus”, explicou o professor e pós-doutorando Alisson Svaigen.

 

encerramento 3 no ar

 

Finalização - Às 10h30, foi realizado o encerramento da 18ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação no Paraná. Os coordenadores gerenciaram a atividade. A pró-reitora e professora Débora de Mello Sant’ Ana, disse que o evento se deu por “uma ação coletiva, da UEM, do Projeto Conexão Ciência - C², entre muitas outras que não vão parar. Muita coisa boa vem por aí. Essa união deu e dará ótimos frutos. Não vamos interromper esse movimento de mostrar, cada vez mais, que o Paraná Faz Ciência e de qualidade”.

O outro coordenador e coordenador de política de museus universitários da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti/PR), Renê Wagner Ramos, fez diversos agradecimento. Primeiramente, à professora Débora e estendeu a toda equipe, que “nos ajuda a mostrar que a ciência é a grande resposta aos problemas que estamos enfrentando. 98% dos paranaenses adultos estão vacinados, isso mostra a confiança da população na nossa ciência, é um sinal claro que as pessoas apostam e confiam nos cientistas. Nós precisamos continuar a dar respaldo a eles, divulgando o que fazem. Estamos apostando em um produto final deste evento, que é um portal dedicado à divulgação científica”.

Por fim, a coordenadora da Universidade Virtual do Paraná (UVPR), Maria Aparecida Crissi Knuppel, destacou que “a rede promovida pelo René e pela professora Débora conseguiu reunir um volume enorme de informação importante dos pesquisadores das universidades do Paraná. Essa rede pode se fortalecer e deixar viva essa parceria, juntos contra a desinformação, as fake news... Nossa missão como pesquisadores, além de fazer ciência, é falar sobre ela”, apontou a professora.

 

julio e ana paula

 

Às 17h, o Hora da Ciência, organizado pelo Projeto de Extensão Conexão Ciência - C², da Pró- Reitoria de Extensão e Cultura (PEC) da UEM, recebeu o reitor da UEM, o professor Julio César Damasceno. Ele conversou com a garotada sobre a área das Agrárias, contando sua experiência, desde a graduação até a eleição para a reitoria. “Há um enorme mercado para atuar nessa área na nossa região, eu mesmo já tive experiência em diversos setores da zootécnica, em pesquisa e ensino. Mas quando somos chamados, precisamos também apoiar essa missão de lutar pela universidade pública. É o que fazemos na reitoria”, finalizou o professor.

O Paraná Faz Ciência foi realizado por meio de uma parceria entre a Universidade Virtual do Paraná, a Universidade Estadual de Maringá e a Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, com o apoio da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

Texto produzido com a colaboraçao da bolsista do projeto Conexão Ciência - C², aluna do curso de Comunicação e Multimeios da UEM, Milena Massako Ito.