Centelha UEM 2021

O programa estimula a criação de empresas inovadoras; recursos totais são da ordem de R$ 1,6 milhão

Quatro pesquisadores ligados à Universidade Estadual de Maringá (UEM) estão entre 30 pessoas selecionadas no começo do mês pelo Programa Centelha Paraná, que estimula a criação de empreendimentos inovadores e dissemina a cultura empreendedora. Eles têm até esta quinta-feira (25) para submeter seus projetos com os ajustes solicitados, sendo que três já realizaram.

De acordo com o Programa Centelha, nos próximos meses haverá aberturas das empresas, contratação dos projetos de fomento aprovados e acompanhamento por 12 meses com “capacitações, recursos financeiros totais de R$ 1,6 milhão e suporte para transformar ideias em negócios de sucesso”.

Para Marcelo Farid Pereira, assessor de inovação da UEM e professor do Departamento de Economia (DCO-UEM), a inovação tem um papel transformador na sociedade e ocorre quando há trabalho em conjunto, feito sistemática e continuamente. “Só assim é possível manter a sinergia e dar visibilidade aos ambientes de inovação. São eles os articuladores que mantêm tudo acontecendo, dando suporte para o habitat de inovação continuar crescendo de maneira fluída e estruturada”.

 

Projetos aprovados

 

1) “CicloScience – produção e aplicação de ciclodextrinas”; autora da proposta: Graciette Matioli (docente do Departamento de Farmácia/DFA-UEM). Resumo: A CicloScience objetiva a produção das ciclodextrinas, substâncias obtidas a partir do amido, capazes de solubilizar ou estabilizar outras substâncias. Visa, também, assessoria sobre como utilizá-las no desenvolvimento de produtos alimentícios, medicamentosos ou cosméticos. A equipe tem domínio total da tecnologia de produção das ciclodextrinas e vislumbra parcerias com indústrias.

2) “Detecção precoce de nematoides em culturas agrícolas”; autora da proposta: Carla Porto da Silva (egressa do pós-doutorado em Química da UEM e pesquisadora voluntária do DQI-UEM). Projeto com alterações a ser submetido.

3) “Equipamento sensor de mau hálito (Bad Breath Sensor)”; autor da proposta: Eduardo Radovanovic (docente do Departamento de Química/DQI-UEM). Resumo: Para diagnóstico de halitose e tratamento, o dentista deve realizar um teste organoléptico, no qual o odor cheirado na boca do paciente terá uma escala de hálito atribuída. Com a pandemia, tal teste é impossível. Um equipamento nacional sensor de halitose foi desenvolvido neste projeto e está em funcionamento, em fase de validação de suas medidas, tornando-se apto à comercialização.

4) “Tratamento de efluente industrial pelo método lodo poroso”; autor da proposta: Murilo Pereira Moisés (professor universitário e químico egresso da UEM, onde cursou da graduação ao pós-doutorado). Resumo: O processo foi desenvolvido em laboratório da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), câmpus de Apucarana (PR). Consiste na remoção de poluentes presentes em efluentes industriais por meio de uma técnica inovadora com eficiência média de 99%, que elimina a etapa de destinação do lodo para aterros, transformando os poluentes removidos em produtos com alto valor agregado.

O Centelha – É promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com os conselhos nacionais de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). É operado pela Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi) e, no Estado paranaense, encabeçado pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná.