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O objetivo é agregar maior qualidade ao atendimento direcionando os pacientes aos especialistas corretos

O Governo do Estado do Paraná, por meio da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), lançou no início de novembro um novo serviço de atendimento de saúde, chamado Saúde Online Paraná. A plataforma inovadora utiliza um sofisticado sistema de Inteligência Artificial, que vai conectar os pacientes e profissionais da Saúde de forma personalizada e eficiente. Com ele é possível identificar mais de 750 condições físicas e mentais diferentes. Ao responder um questionário fácil e intuitivo, o cidadão terá uma sugestão do nível de criticidade de sua condição de saúde.

Com o objetivo de conhecer melhor o novo sistema e discutir a possibilidade de implantação da telessaúde, a equipe diretiva do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), participou, na última semana, de uma reunião com representantes Techtools Health Innovation, empresa especializada em soluções inovadoras para área da saúde, que desenvolveu essa nova plataforma. 

Estiveram presentes a superintendente do HUM, Elisabete Mitiko Kobayashi, o reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Julio Damasceno, a pró-reitoria de extensão e cultura, Débora Sant'Ana, a diretora administrativa, Renata Braga, a diretora de análises clínicas e farmácia, Solange Cardoso Martins, representando a diretoria de enfermagem, Catia M. Dell Agnolo, representando a diretoria de ensino, pesquisa e extensão, Edson Arpini, o chefe do departamento de odontologia (DOD), Angelo José Pavan, coordenador da residência em cirurgia (DOD), Liogi Iwaki Filho, a professora do departamento de enfermagem, Viviani Camboin Meireles, e demais membro da equipe administrativa do HUM.

Segundo Damasceno a UEM é uma universidade contemporânea e que sempre buscou inovações em diversos setores. “Estas parcerias com outros atores que potencializam as pesquisas e atendimentos na área da saúde é de fundamental importância, pois nosso objetivo é fazer com que nossos serviços sejam orientados para todos de nossa comunidade. Com a Telessaúde verificamos que é possível integrar esta ferramenta no conjunto de ações dos cuidados com a população para que a gente melhore a qualidade do trabalho”.

Débora Sant’ana destaca que com o avanço tecnológico as áreas de saúde estão passando por várias mudanças, e uma delas é a telessaúde que tem diversas áreas de atuação, que vão desde o atendimento médico ao paciente e também por outros profissionais como enfermeiros, psicólogos e muitos outros. “Este sistema de atendimento nunca vai substituir o presencial, porém tem uma grande utilidade em situação mais remotas e certamente trará benefícios para todo sistema de saúde. A possibilidade de implantá-lo no nosso hospital ensino é uma forma dos estudantes conhecerem mais dessa nova tecnologia”, afirma.

De acordo com Viviani Camboin o teleatendimento contribui para mediar à comunicação entre profissionais de saúde e pacientes localizados em espaços geográficos diferentes, proporcionando acesso a dados de forma mais ágil, sistematizada e segura.  “A implementação dessa ferramenta visa superar a distância, reduzir custos e tempo de deslocamento dos pacientes sem que o profissional e o paciente se exponham a um ambiente de potencial risco como o hospital, sem sobrecarregar o sistema de saúde e ainda assim ofertar assistência humanizada e de qualidade”, explica.

Telessaúde

A Telessaúde utiliza Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) na atenção médica a pacientes e profissionais da área, situados em locais diferentes, trata-se de uma nova maneira de pensar os processos de saúde, quebrando a barreira da distância. Esse serviço possibilita o suporte ao diagnóstico clínico, permitindo a interpretação de exames e a emissão de laudos médicos a distância.

Entre as ferramentas disponíveis destaca-se o uso de Inteligência Artificial para a autoavaliação de saúde, incluindo risco para Covid-19, além de agendamento e realização de teleconsultas. A especialidade está amparada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio da Resolução CFM nº 1.643/2002, com reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), desde a década de 1990.

Elisabete Mitiko ressalta que este sistema não irá substituir o profissional da saúde, mas irá agregar maior qualidade ao atendimento. “Poderá direcionar o pacientes aos especialistas corretos através de uma triagem com os profissionais da saúde da linha de frente, de maneira mais assertiva, ganhando-se tempo ao retirar da fila de espera os pacientes que não deveriam estar lá. Haverá um atendimento multiprofissional mais próximo do paciente evitando retornos desnecessários. A aplicação será para pacientes já em tratamento e não para a primeira consulta”.