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Projeto do DMU, iniciativa é direcionada à formação docente e práticas musicais dos estudantes

A área de educação musical da Universidade Estadual de Maringá (UEM), representada pelas professoras Aline Clissiane Ferreira da Silva e Andreia Veber, do Departamento de Música, está trabalhando em uma ação de aproximação aos graduandos em Música da UEM, durante o período de distanciamento social. 

A ação faz parte do projeto de extensão “Educação musical, escola e comunidade” e ocorre em duas frentes conjuntas. A primeira é chamada “O estágio supervisionado - técnicas e estratégias organizacionais”, tendo como responsável a professora Aline. 

O foco desta parte da ação está no estudo dos documentos necessários para o aluno de licenciatura cursar a disciplina de estágio. Nela, o grupo participante se aproxima das diferentes concepções desses documentos e discute sobre suas formas de escrita. De acordo com a professora Aline, são efetuadas conversas sobre cada item que compõe um plano de aula e sobre como esses itens se materializam na prática do (a) estagiário (a). 

A atividade acontece por meio de comunicação simultânea entre ministrante e alunos, e atividades não interativas. Nos encontros interativos ocorrem discussões coletivas, exposição do conteúdo a que se destina o encontro, e solicitação de tarefas. Durante a semana, os participantes enviam as tarefas solicitadas e conversam individualmente via plataforma de comunicação instantânea com a professora. A ação também conta com convidados e ex-alunas da UEM. 

“Nessa terça-feira (5), teremos a professora Bruna Williena como convidada do nosso encontro virtual. Bruna, formada no curso de licenciatura em educação musical da UEM, compartilhará sua experiência enquanto professora de música na educação básica”, informa Aline. 

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A segunda frente consiste na atividade “#percuteemcasa: iniciação à rítmica em repertório brasileiro”. O foco desta ação está no compartilhamento de práticas voltadas ao estudo da cultura popular brasileira, com ênfase em quatro manifestações: Jongo, Maculelê, Ijexá e Carimbó. O modo de comunicação ocorre, em quase todas as atividades, por meio do compartilhamento de vídeos e materiais via plataforma de comunicação WhatsApp. A professora Andréia disponibiliza semanalmente um conjunto de materiais que é estudado pelos estudantes. Em seguida, estes elaboram suas produções buscando trazer para a música elementos sonoros que estejam presentes no ambiente de casa (baldes, colheres, armários, cadeiras, cadernos, entre outros). 

Aula/debate

A ideia também inclui a possibilidade de que os participantes possam envolver as pessoas da mesma casa, em isolamento social. Assim, permitindo maior integração e alcance ampliado das práticas. Para finalizar esta frente de trabalho, será ministrada uma aula/debate pelo mestre de cultura popular, Luizinho Lins (Pará), que apresentará o carimbó e, em seguida, com a professora Andréia, conduzirá um debate sobre tradição x inovação nas manifestações de cultura popular brasileira. 

Vinte e cinco estudantes articipam desta ação, que, em sua totalidade, contará com 32 horas de carga horária, sendo 16 para cada frente de trabalho. Segundo Aline e Andréia, há expectativas de que, a partir dessas primeiras aproximações com os licenciandos, possam ser elaboradas outras iniciativas que, além de beneficiar os acadêmicos do curso, também atendam a comunidade não universitária.

Segundo a professora Aline “a intenção maior dessa ação é de promover um momento de interação entre os acadêmicos do curso. Não se trata de exigir tarefas e produção acadêmica pois temos consciência de que o momento de distanciamento social que estamos vivendo está sendo um período delicado para todos e todas”.

“Em contrapartida, acredito que atividades a distância podem contribuir para melhorar o dia a dia das pessoas. Elas têm tido uma função importante, pois se configura como um momento em que se torna possível uma socialização, mesmo que remota”, diz. 

Aline entende que “a rotina dos acadêmicos e acadêmicas foi brutalmente interrompida e a dos novos estudantes que ingressaram na universidade esse ano simplesmente não se iniciou. Sabemos que o motivo da suspensão das atividades curriculares é legítimo e concordamos com ela. Essa é uma iniciativa para tentar amenizar todas essas problemáticas e tornar esse momento um pouco mais prazeroso”.

Fotos: divulgação