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Após reunião em Curitiba, universidades aguardam resposta definitiva do governo (Crédito: Seti)

A perspectiva do reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) é que as negociações com o governo estadual avancem depois da reunião de reitores com o superintendente estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Bona – realizada ontem (24) em Curitiba. No debate, sobre prorrogação de contratos de professores temporários, foi proposto que técnicos das universidades e do Governo dialoguem constantemente com a Comissão de Política Salarial (CPS) para esclarecer dúvidas e possíveis pontos conflitantes.

Em 18 de julho, a CPS negou autorização de 18 mil horas semanais de trabalho docente para o segundo semestre letivo e a renovação de contratos de 104 professores temporários da UEM, além de professores de mais quatro universidades. Esta comissão condicionou a autorização da prorrogação dos contratos ao envio de novas informações, uma vez que apontou “déficit nas despesas com pessoal, gasto excessivo com horas extras e remuneração acima do teto constitucional”.

O reitor da UEM, Julio César Damasceno, alega que “há grave defasagem de servidores, porque desde 2014 não há autorização de concurso público para reposição na universidade, e o resultado tem sido o quantitativo de horas extras”. Ainda de acordo com o professor, as horas extras são pagas especialmente para técnicos dos hospitais universitários, que recebem salários muito abaixo do teto constitucional.

O reitor também comprovou para Bona que o custo da folha de pagamento da UEM sofreu uma queda sensível neste ano. A redução de janeiro a junho, segundo Damasceno, é de R$ 26 milhões em relação ao mesmo período do ano passado. Na reunião de ontem também estiveram presentes: Reinhold Stephanes, secretário da Administração e da Previdência, e o deputado estadual Tercilio Turini, segundo vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.

 

Repercussão

A manutenção de vários cursos da universidade depende da autorização das 18 mil horas e da renovação dos contratos de 104 dos 453 professores temporários da UEM, que vencem na semana que vem. Segundo Damasceno, os reitores apresentaram que não há irregularidades e o próprio superintendente da Seti reconheceu, em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, não haver inconformidades. Na entrevista, Bona declarou que “as instituições encaminham ao governo, mensalmente, as informações sobre a folha de pessoal e que uma conferência nos dados não encontrou as irregularidades apontadas pela CPS, a respeito de pagamento de altos salários”.

O superintendente também reconheceu que o gasto com horas extras é consequência direta da falta de contratação de profissionais. E como informa o reitor da UEM, Bona se comprometeu a conversar com o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior. “Há disposição, por parte das universidades, em apresentar informações e esclarecer pontos. Agora, aguardamos resposta definitiva do governo e esperamos que nossos professores temporários tenham os contratos renovados”, finaliza Damasceno.