Convite 4

Espetáculo, gratuito, com uma cantora e um violinista da UEM, faz parte do "Convite à Música"

"La Negra - Tributo a Mercedes Sosa" é um espetáculo gratuito, que ocorrerá, hoje (2), a partir das 20h30, no Teatro Barracão, em Maringá, com o duo Dois Brasil, composto pela cantora Mari Tenório, secretária da Escola de Música (EMU), da Universidade Estadual de Maringá, e o violonista Rafael Marinho, bacharel em composição em Música pela UEM.

O show faz parte do projeto "Convite à Música", da Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura de Maringá, e vai reunir, além do Dois Brasis, alguns convidados.

O Teatro Barracão fica na Praça Nadir Cancian s/nº, próximo à Unimed e à Copel. Outras informações sobre o show com a própria Mari Tenório, na Escola de Música, telefone (44) 3011-4383 ou e-mail "sec-emu@uem.br".

De acordo com biografia publicada pelo portal "UOL Educação", Haydée Mercedes Sosa (foto abaixo) nasceu numa família de trabalhadores e o primeiro contato com a fama ocorreu aos 15 anos, quando ganhou um concurso de talentos promovido pela rádio de sua cidade natal, a LV12, apresentando-se sob o pseudônimo de Gladys Osorio. 

Foi o início de uma carreira dedicada, principalmente, à música folclórica argentina e latino-americana. Apelidada de "La Negra", devido à ascendência ameríndia, Mercedes Sosa também era chamada de "voz de uma maioria silenciosa" e "voz da América Latina". 

Cabelo Negro

Mercedes

Sua versão da música Gracias a la vida, da chilena Violeta Parra, tornou-se um hino para os esquerdistas de todo o mundo, principalmente durante a ditadura militar argentina, quando Mercedes, depois de ser presa, exilou-se na Europa.

Conhecida pelo longo cabelo negro, além dos ponchos que utilizava nos espetáculos e por sua poderosa voz de contralto, Mercedes Sosa optou, desde cedo, por um repertório que somava lirismo e protesto político, tornando-se um dos principais expoentes do movimento "Nuevo cancioneiro", que pretendia redescobrir as raízes da música folclórica e, ao mesmo tempo, denunciar a desigualdade social e as injustiças da América Latina.

Apesar de filiada ao Partido Comunista, Mercedes nunca participou ativamente da vida partidária. "Eu nasci para cantar", ela dizia, "minha vida é dedicada a cantar, a encontrar canções e a cantá-las. Se eu me envolvesse na política, teria que negligenciar aquilo que é mais importante para mim, a canção folclórica".