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Obras começam na quinta-feira (4) e prevêem redução de custo e uso de fonte de energia limpa

A partir da próxima quinta-feira (4), a Universidade Estadual de Maringá (UEM) vai começar, com exceção dos setores do complexo de saúde, na avenida Mandacaru, a substituição de 28.435 lâmpadas tubulares fluorescentes por lâmpadas tubulares Led com selo Procel, instaladas em 14.388 luminárias internas em 95% das instalações prediais do câmpus sede. 

Segundo o professor Carlos Antonio Pizo, executor nomeado do projeto, todo este serviço está previsto no Termo de Cooperação Técnica entre a UEM e a Companhia Paranaense de Energia (Copel) para execução do Projeto de Eficiência Energética (PEE), pelo qual também está prevista instalação de uma usina de minigeração fotovoltaica de energia.

Para a geração de energia, o projeto prevê a instalação de placas fotovoltaicas em nove edifícios no câmpus, escolhidos a partir da posição da cobertura voltada para o norte geográfico e condições do entorno, resultando em maior eficiência do gerador solar.

No que se refere à sustentabilidade energética, com estes projetos a UEM dará início à utilização de fonte de energia limpa nas instalações atuais e também nas futuras obras, o que já fazia parte de uma das ações da Política Ambiental da Universidade, iniciada em 2015.

A UEM tem como responsabilidade social se tornar uma instituição exemplo no uso eficiente de fonte de energias renováveis, sem impacto ao meio ambiente e poupadora de emissão de dióxido de carbono.

Segundo a Prefeitura do Câmpus, a execução do sistema fotovoltaico poderá gerar alguns transtornos em função de barulho e movimentação de pessoas e materiais pelos blocos que receberão as placas fotovoltaicas. Os blocos serão o C-34, C-56, D-67, E-78, E-90, G-90, I-12, J-35 e P-03 (Biblioteca Central/BCE)).

Já, o trabalho de substituição de lâmpadas poderá exigir que alguns ambientes fiquem indisponíveis durante a troca das luminárias, pois por questão de segurança não é adequada a circulação de pessoas no local. Para minimizar estes efeitos, se buscará divulgar antecipadamente as datas de intervenções nos locais.

A UEM recebeu R$ 4,515 milhões para o Projeto de Eficiência Energética (PEE), aprovado em chamada pública da Copel e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), aberta exclusivamente para instituições de ensino superior, além de cerca de R$ 1,8 milhões, na mesma chamada, para Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento cujo objetivo é o desenvolvimento de uma nova geração de célula solar híbrida para conversão fotovoltaica, com desempenho superior às placas encontradas no mercado. A proposta é gerar maior quantidade de energia a partir do melhor aproveitamento do espectro da luz solar.

As propostas passaram por um processo de seleção aberta a todas as universidades do Paraná. Foram classificadas, além da UEM, a Universidades Estadual de Londrina (UEL), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UFTPR). Os projetos classificados foram apresentados para uma comissão técnica da Aneel, em Brasília.

Os termos de cooperação técnica para a implementação dos dois projetos foram assinados em 2017, mas embora o planejamento para que os processos licitatórios para a contratação das empresas encarregadas pelos serviços tivessem sido concluídos antes do final do ano, para que algumas ações fossem executadas em sua maior parte no período de recesso acadêmico, isto não foi possível em função de impugnações e adiamento de editais.

Vale lembrar que o Projeto de Eficiência Energética gerou o aporte de R$ 4,515 milhões da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), para uma contrapartida de R$ 266 mil da UEM. 

Conforme o prefeito do câmpus, Carlos Augusto Tamanini, o consumo médio mensal atual com energia na UEM é de 782.322 kWh (quilowatts hora) e 30% desse volume são gastos com iluminação.  

Segundo ele, a partir da troca das lâmpadas esse consumo (iluminação) deve cair para 109 mil kWh, impactando diretamente na conta de energia.  Após o término da substituição das lâmpadas e da colocação dos sistemas fotovoltaicos, os cálculos apontam para uma economia anual de R$ 700 mil nos gastos com energia.