PANEL fotovoltaico

Universidade concorreu em um edital lançado pela estatal e receberá financiamento para fazer o projeto

A Universidade Estadual de Maringá foi a única instituição da região sul do Brasil classificada num edital de Chamada Pública da Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras S.A.) para receber, dentro do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) - Edifica 2018, financiamento público visando o estudo e elaboração de projetos para a implementação de um sistema de mais de 3 mil metros quadrados de painéis fotovoltaicos na cobertura do hospital universitário.

O Procel foi criado para cumprir uma lei que obriga a Eletrobrás a utilizar 0,1% da receita operacional líquida das distribuidoras de energia elétrica em programas de eficiência energética, para promover o uso eficiente deste tipo de energia, combater o desperdício e reduzir os custos setoriais.

O valor do recurso financeiro ainda não foi definido, pois a verba será utilizada justamente para a formulação do projeto, uma vez que, conforme as regras do edital, o Procel investirá em instituições que tenham interesse, dentre outros, em receber um diagnóstico de desempenho Energético Operacional de Edificações (DEO), projeto de retrofit com foco em eficiência energética da cobertura da edificação, e projeto de usina de minigeração de energia fotovoltaica.

Os painéis fotovoltaicos são mecanismos responsáveis pela conversão de energia do sol em energia elétrica. Eles são compostos por células de silício, tradicionalmente entre 60 a 72 células, que, interligadas em série, compõem um painel e geram a chamada energia solar fotovoltaica. Atualmente, a eficiência das células de silício usadas nos painéis pode ser de 16%. Existem outras células que podem chegar até 46% com o uso de outros materiais, mas são muito caras e voltadas à aplicações aeroespaciais ou militares.

Apesar de que o investimento em um sistema fotovoltaico possa ser elevado, o retorno investido pode ser recuperado entre seis a oito anos. Por isso, este tipo de energia está cada vez mais sendo utilizada.

Para concorrer à Chamada Pública em uma das modalidades disponíveis, destinadas às empresas públicas ou privadas que tivessem coberturas horizontalizadas, a UEM levantou as condições da cobertura do Hospital Universitário, reuniu a documentação exigida e enviou a proposta por meio da Assessoria de Planejamento (ASP).

Pela proposta, serão utilizados painéis fotovoltaicos em mais de 3 mil metros quadrados de cobertura ante os mais de 10 mil metros quadrados da área total de telhado do HUM. Proposta que é um pouco superior aos 2,8 mil metros quadrados do sistema que está em fase de licitação para o câmpus sede da UEM dentro de um Termo de Cooperação Técnica com a Copel, a Companhia Paranaense de Energia.

Assim que for assinado o acordo de cooperação com a Eletrobrás, previsto para o próximo dia 19 de junho, a UEM terá 14 meses para elaboração dos projetos, 18 meses para execução do retrofit da cobertura e para a implantação da usina fotovoltaica, e 12 meses de monitoramento. O que irá totalizar 44 meses de duração da cooperação.

O acordo de cooperação prevê que a UEM deverá buscar os recursos para estas execuções, sendo que, pelo fato de ser um projeto numa edificação da área da saúde e uma área prioritária da Aneel, a ASP e a Reitoria consideram ser altamente viável a obtenção destes recursos junto a editais futuros destas áreas.