A solenidade reuniu várias autoridades regionais

A empresa concessionária da Hidrelétrica Rosana, a Duke Energy, fez a doação para a Universidade Estadual de Maringá (UEM) de uma área de 82,4 hectares, onde está instalado o Câmpus Regional do Noroeste (CRN), no município de Diamante do Norte. A cerimônia de assinatura do termo de doação foi realizada na tarde desta quarta-feira (22), no auditório do Bloco B-33, no câmpus sede da UEM.  

O diretor do CRN, Luiz Alexandre Filho, comentou que esse era um anseio antigo da comunidade acadêmica e que a posse do terreno vai abrir espaço para o desenvolvimento de vários projetos que estavam engavetados, viabilizando a captação de recursos através de convênios e projetos. Como exemplo, ele  cita a proposta de criação de um núcleo de melhoramento genético do pacu ou a instalação de um laboratório avançado na área de tecnologia de alimentos para desenvolvimento de novos produtos.

O reitor Mauro Baesso assinou o termo de doação pela UEMO reitor Mauro Baesso reforçou que a doação é uma conquista importante na consolidação de pesquisas à medida que permite maior planejamento. Agradeceu a iniciativa da Duke Energy e convidou a empresa a ser parceira da UEM em futuros convênios. “Temos tecnologia, material humano e vários programas de pesquisa com foco na questão ambiental e social”, justificou.

Miguel Conrado Filho, gerente de Meio Ambiente e Patrimônio da Duke Energy, salientou que há pelo menos dois anos a empresa vem trabalhando na formalização da doação da área. “Vencidas todas as pendências burocráticas que envolvem um processo como esse, é com satisfação que a empresa consolida essa ação” disse ele, acrescentando que são áreas importantes, objeto de estudo e gestão sócio-ambiental.

A cerimônia de assinatura do termo de doação também reuniu, entre outras autoridades, o diretor presidente do IAP, Luiz Tarcisio Mossato Pinto, e o prefeito de Diamante do Norte, Daniel Domingos Pereira.

Processo de doação

Equivalente a aproximadamente 214 campos de futebol, o terreno localizado em Diamante do Norte foi utilizado como canteiro de obras da Hidrelétrica Rosana, que começou a operar com capacidade parcial em 1987 e cujos trabalhos de construção foram encerrados em 1996. A UEM e do IAP já faziam a gestão das áreas por meiO diretor presidente do IAP, Luiz Tarcisio Mossato Pinto, também assina o termo, em nome do IAP. Ao fundo o gerente de Meio Ambiente e Patrimônio da Duke, Miguel Conrado Filhoo de um acordo de cessão de uso firmado com a então concessionária, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp). A concessão da hidrelétrica passou da Cesp para a Duke Energy em 1999 e o acordo de cessão foi mantido. Em 2006, a Duke Energy deu início, na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ao processo visando à autorização para a doação das áreas. 

Câmpus Regional do Noroeste – O CRN foi criado em 1990, a partir das perspectivas de desenvolvimento regional. Está localizado no Município de Diamante do Norte, com divisas dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, atendendo 28 municípios da Amunpar (Associação dos Municípios do Noroeste do  Paraná) e  outros  cidades dos três estados.

Com uma área total de 82,4 hectares, onde estão mais de  14 mil m2 de construções e 71,8 alqueires ocupados pela Fazenda Escola, o Câmpus também abriga as instalações do Colégio Agrícola Estadual do Noroeste, que oferece cursos profissionalizante de Técnico em Agropecuária. O curso, oferecido em parceria entre Secretaria de Educação do Estado do Paraná, a UEM e a Amunpar, é integrado com ensino médio com tempo integral, atendendo, hoje, 232 jovens em regime de internato.

Além do Colégio Agrícola, o CRN ainda abriga um Polo da Universidade Aberta Brasileira (UAB), com quatro cursos de graduação e dois de pós-graduação com 165 alunos.

Entre as atividades realizadas no Câmpus destacam-se vários projetos de desenvolvimento de tecnologia de ponta realizados em parceria, inclusive com outras universidades. Com a Universidade Federal do Paraná, por exemplo, a UEM mantém pesquisas em um programa de preservação do suíno da raça Moura, em extinção. Além de um estudo que testou variedades de coco anão para o extremo Noroeste do Paraná.