Diretores eleitos tomam posse para novo mandato do Conselho de Administração

Falando em nome dos diretores com mandato encerrado, Ricardo Silva, que deixou a direção do Centro de Tecnologia (CTC), resgatou a atuação dos ex-diretores, desde o momento em que entenderam que não podiam ser apenas defensores apenas do centro que representavam, mas também colaboradores da gestão, ajudando a resolver os problemas da Universidade.

De acordo com Silva, a batalha mais árdua tem sido com o governo do Estado que, segundo ele, ainda vê a Universidade como sinônimo da despesa. Para o ex-diretor, o desafio é maior a cada dia e cresce na mesma proporção da redução de investimentos na Instituição. Ainda assim, o momento não é de "jogar a toalha", segundo Silva.

Para ele, os membros do CAD precisam desempenhar o papel de lutar pela Universidade, auxiliando a superar os "grandes gargalos", como a precariedade da infraestrutura, a redução do quadro de servidores e a burocracia. Ele recomendou aos recém-empossados a luta pela autonomia da Universidade, sem abrir mão do planejamento. E destacou algumas ações importantes dos ex-diretores frente ao Conselho, entre elas a coragem de dizer não à diminuição de professores efetivos; a responsabilidade na questão das bolsas; o esforço para manter a política de descentralização de recursos; o diálogo com a sociedade; e a regularização de contratos levando em conta os princípios da eficiência e da economicidade.

Em nome dos empossados, o diretor do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Altair Bertonha, defendeu que o trabalho dos colegas seja pautado com base no respeito à pluralidade de opiniões e baseado na importância da atuação de vanguarda. Conforme ele, os eleitos terão de aprender com " a falta de tudo"  e a buscar alternativas.

O vice-reitor, Julio Damasceno, lembrou ter feito parte do CAD, como diretor do Centro de Ciências Agrárias. Teceu elogios aos que deixaram o mandato, que na opinião dele, deram exemplo de dedicação e desprendimento. Na avaliação de Damasceno, os diretores que saem deixam a marca da implementação da política de descentralização dos recursos.

O reitor, Mauro Baesso, comentou a importância do diálogo, calcado na compreensão, e da convergência dos interesses em prol da Universidade. O reitor ponderou que ainda existe o desafio de mostrar à sociedade o que a UEM produz. De acordo com ele, é preciso discutir o modelo de Universidade que se quer para o País, sem deixar de considerar que a Universidade pública de qualidade não pode abrir mão da necessidade de investimentos em infra-estrutura e pessoal. Para ele, o CAD tem o papel de defender os interesses da Instituição, sem esquecer que a Universidade é voltada para os estudantes.

Tomaram posse os professores Roberto Cuman e Nelson Nardo Júnior (Centro de Ciências da Saúde); Angelo Priori e Sandra Moser (Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes); Altair Bertonha e Adriana Pinto (Centro de Ciências Agrárias); Káthia Socorro Mathias e Luiz Carlos Corrêa (Centro de Ciências Biológicas); Cláudio Celestino de Oliveira e Wanderly Janeiro (Centro de Ciências Exatas); e Leandro Vanalli e Romel Vanderlei (Centro de Tecnologia).

O eleitos para o Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Romildo de Oliveira Moraes e Gisele Mendes de Carvalho, serão empossados no dia 23 de junho, às 9 horas, na Sala dos Colegiados Superiores (térreo da Reitoria).

A escolha dos dirigentes de Centro na UEM é feita pelos alunos, agentes universitários e docentes dos departamentos ligados a cada centro. 

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