O 13º Seminário Nacional de Milho Safrinha será aberto nesta terça-feira, dia 24, sob promoção da Associação Brasileira de Milho e Sorgo e organização do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O evento, que segue até quinta-feira, dia 26, ocorrerá no Excellence Eventos e conta com a participação do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e da Emater-PR.

O objetivo é discutir temas, atuais e relevantes, relacionados ao desenvolvimento tecnológico, visando o incremento da produtividade do Milho Safrinha com sustentabilidade e viabilidade econômica. Produtores, pesquisadores, professores, consultores, extensionistas, administradores, representantes de cooperativas, acadêmicos e demais agentes associados à cadeia produtiva do milho safrinha constituem o público alvo do Seminário.

Cultivo do Milho Safrinha - Vale destacar que nas Regiões Norte/Noroeste e Oeste do Paraná, o trigo deixou de ser cultivado em muitos campos, durante o período de Outono-Inverno, sendo substituído pelo Milho Safrinha. O cultivo dessa lavoura iniciou-se na cidade de Floresta. Nos primeiros anos de 1980, os produtores encontravam-se descapitalizados, frustrados com as perdas decorrentes da Grande Geada de 1975, e assim, as lavouras eram conduzidas com baixo nível tecnológico e, consequentemente, resultavam em baixas produtividades. Passados três décadas, o que se observa é um grande avanço no nível tecnológico empregado pelos agricultores, o que tem resultado em um elevado incremento na produtividade, quantidade, e principalmente, na qualidade do produto obtido.

Conforme dados da CONAB a área cultivada com Milho Safrinha no Paraná, no ano de 2015, foi de 1,91 milhões de hectares, produtividade média de 5,84 toneladas por hectare, produção total de 11,18 milhões de toneladas, tornando-se cultura de grande importância para as referidas regiões paranaenses.

Especificamente ao que se refere à Região de Maringá, conforme dados fornecidos pela Cooperativa Cocamar Agroindustrial, as propriedades agrícolas dos cooperados apresentam dimensões de até 10 ha (15%), de 10 a 50 ha (41%), de 51 a 100 ha (17%) e superior a 100 ha (27%).

Na Safra de 2015, a área cultivada com Milho Safrinha correspondeu a  80% do total utilizado no Verão com a cultura da soja, ou seja, 190.590 ha. A produtividade média alcançada foi de 5,1 ton/ha, resultando em  produção total de 972  mil toneladas de grãos. Considerando o Custo Variável Médio de Produção de R$ 1.557,56  por hectare, o preço de saca de milho (60kg) ao valor de R$ 25,00, a Receita Líquida Média obtida pelos produtores da Região foi de R$ 567,44  por hectare. O valor total médio da produção atingiu cifra superior a R$ 400 milhões de Reais, o que evidencia a importância econômica e social do Milho Safrinha para Maringá e Região.

Tendo em vista as condições climáticas muito favoráveis que tivemos na região de Norte-Noroeste, durante o período de Outono-Inverno deste ano de 2015, não somente a produtividade média de grãos foi elevada (5,1 ton/ha), mas também que um produtor de Ivatuba alcançou o recorde de produtividade de 9.496 kg de grãos por hectare. Tal desempenho, em produtividade e em qualidade de grãos de Milho Safrinha, que vem sendo obtidos, decorre do esforço dos diversos profissionais, que se dedicam ao aprimoramento das atividades associadas ao Cultivo do Milho Safrinha.

A despeito desse grande avanço os desafios são grandes. É preciso estar sempre atentos para que os produtores possam continuar a ser sempre bem sucedidos em suas atividades. Esse é o objetivo do 13º Seminário Nacional de Milho Safrinha.

Serviço
13º Seminário Nacional de Milho Safrinha
Data: 24, 25 e 26 de novembro
Local: Excellence Eventos (Anel Viário Virgílio Manilia, n° 21.784, Jd Ouro Cola, Maringá).
Inscrições e outras informações pelo site: www.seminariomilhosafrinha2015.com.br