O reitor Júlio Santiago Prates Filho anunciou, nesta quarta-feira (27), em reunião com representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a destinação, para os alunos da UEM, dos cerca de R$ 227 mil que deverão ser arrecadados anualmente nas cantinas e nos serviços de reprografia.

 

O dinheiro é fruto das licitações feitas pela atual gestão na busca da transparência dos gastos. Deste montante, R$ 127.135,90 virão dos serviços das cantinas e R$ 100.591,00 serão oriundos dos serviços de reprografia.

A ideia é que estes recursos sejam revertidos na melhoria das condições do ensino e da cultura na instituição, e também da assistência estudantil. Nos próximos dias, os estudantes irão se reunir para formular, junto com representantes de coordenadores de colegiado de curso, das pró-reitorias de Ensino, Extensão e Cultura, uma proposta de regulamentação sobre a aplicação do dinheiro, que será encaminhada à apreciação do Conselho de Administração (CAD).

Os recursos serão geridos por um comitê. Ele deverá ser integrado por representantes dos estudantes, coordenadores de colegiado de curso, e representantes das diretorias de Ensino de Graduação, da Pró-Reitoria de Ensino; e de Cultura, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura.

Segundo o reitor, o momento representa um avanço para a comunidade estudantil, lembrando a dificuldade encontrada pela gestão de regularizar, por meio de concorrência pública, os serviços de cantina e reprografia explorados na UEM. Prates Filho sugeriu que, no futuro, outros recursos financeiros possam ser agregados ao fundo. Para ele, o comitê gestor do fundo deverá ter um atuação prática, na qual os estudantes estejam representados e suas necessidades atendidas.

A pró-reitora de Ensino, Ednéia Rossi, destacou ser importante os alunos se interarem sobre a legislação da Universidade sobre as possibilidades de utilização efetiva do dinheiro. O diretor de Ensino de Graduação, Eduardo Radovanovic, disse que parte dos recursos deve ser direcionada às demandas específicas existentes e outra deve ser destinada para atender situações sazonais ou emergenciais.

Conforme o chefe de Gabinete, Maurício de Melo, o importante é dar início às discussões e também debater, a cada ano, a aplicação dos recursos em razão de novas demandas surgidas.

Rafael Olegario, representante do DCE, afirmou que é interessante elaborar uma proposta em que os alunos tenham a conscientização sobre a utilização do câmpus universitário e que ela possa inclusive contemplar a aplicação do dinheiro em projetos de extensão. Também participaram da reunião os acadêmicos Rony Peterson e Maicon Garcia, do DCE.

Por sugestão do reitor, a proposta a respeito da utilização dos cerca de R$ 227 mil deve ser elaborada o mais rápido possível para que possa ser incluída na formulação do orçamento gerencial da UEM para 2015.