Nesta sexta-feira (4), o reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho, coordenou a mesa de encerramento do V seminário internacional do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras, que começou no último dia 1, em Natal (RN). O tema abordado foi Internacionalização como indutora de qualidade e pesquisa e pós-graduação.

A mesa contou com a participação do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (Fapemig), Mário Neto Borges, do diretor do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), Cortina Muller, da diretora de cooperação institucional do CNPq, Liane Hentschke, e do representante do Programa de Pesquisa e Inovação da União Europeia (Euraxess), Paulo Lopes.

O reitor destacou a importância da internacionalização como quarto pilar no processo de construção do conhecimento e do desenvolvimento científico e tecnológico.  Além disso, enfatizou que durante o evento foi possível discutir temas relativos à internacionalização das universidades e compartilhar ideias, experiências e políticas de internacionalização, como uma estratégia de qualificar o Ensino Superior.

Mário Neto Borges descreveu a experiência de internacionalização das universidades mineiras. Destacou o apoio à mobilidade internacional e ao apoio de projetos em parcerias. Para tanto, contam com o apoio de organizações da Alemanha, França, Austrália, Canadá, Itália, EUA, Coréia do sul, Inglaterra, Suécia, Israel e Moçambique, numa visão geopolítica estratégica. Informou sobre algumas iniciativas, como o edital de apoio a criação de assessoria internacional, que beneficia várias ações de internacionalização. Concluiu afirmando que as Fundações de Amparo à Pesquisa cumprem um importante papel no processo de internacionalização e que, juntamente com o CNPq, Capes e Finep, tem a missão do desenvolvimento da ciência e tecnologia, por meio da internacionalização.

Christian Muller colocou cinco idéias e teses, a partir do ponto de vista do DAAD. 1. Destacou que o programa Ciência sem Fronteiras (CsF) está colocando o Brasil no mapa; 2. O mapa mundi da mobilidade acadêmica evidencia preferências tradicionais (neste caso, a Alemanha tem sido preferida, entre outros paises fortes em pesquisa); 3. Uma questão é colocada: havia vida inteligente antes do CsF? Havia, e ele vem consolidar ações e parcerias ja existentes anteriormente, como as parcerias das agências nacionais e o DAAD, por exemplo; 4. Desafios de cooperação nesta década em inovação, qualificação profissional, pesquisa conjunta e alumni (capitalizar a informação trazida pelos alunos q fizeram mobilidade); 5. Estar presente, estar visível, estar perto: o valor da representação no exterior nos eventos internacionais de maior relevância para o ensino superior.

Liane Hentschke apresentou um panorama do sistema de educação superior do Brasil, com ênfase na internacionalização, destacando a falta de estratégica e de política futura de internacionalização das universidades, o gap entre políticas governamentais e universidades, ausência de cultura de internacionalização entre professores e alunos, bem como falta de preparo no staff institucional. Concluiu que para que o país seja rico, precisa inovar e, entre os desafios, é necessária uma educação básica de qualidade, mais humanizada e criativa, além do conhecimento de idiomas e formação profissional globalizado. A internacionalização deve ser indutora da inovação.

Paulo Lopes destacou o papel da Euraxess e as oportunidades no contexto de mobilidade de pesquisadores Brasil-Europa. A rede está em 40 países, com staff numeroso para apoio aos pesquisadores, e chegou ao Brasil em 10 de maio de 2013. O Euraxess divulga suas ações por meio de website, newsletter e eventos.