Na tarde desta sexta-feira (10), o reitor Júlio Santiago Prates Filho, e a vice-reitora, Neusa Altoé, receberam a visita de Daniele de Oliveira, primeira aluna da UEM a entrar com um pedido oficial para que o seu nome social passe a ser adotado na Universidade. Em junho deste ano, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) da Universidade aprovou uma resolução que prevê a inclusão do nome social nos documentos para uso interno na instituição. A medida favorece transexuais e travestis, que agora, se desejarem, serão chamados pelo nome que utilizam habitualmente.

Daniele, de 20 anos, é travesti e cursa o primeiro ano de Pedagogia. A aluna decidiu entrar com o pedido logo após ficar sabendo da aprovação da resolução, que partiu de uma proposta do Grupo de Estudos das Pedagogias do Corpo e da Sexualidade (Gepecos) e do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Diversidade Sexual (Nudisex) da UEM.



Mesmo sem sofrer preconceito por parte de seus colegas e professores, Daniele decidiu entrar com o pedido por considerá-lo um passo importante na luta contra a discriminação, colaborando para que transexuais e travestis tenham maior espaço dentro da Universidade. Segundo ela, o intuito é que a opção sexual não influencie na entrada e no desempenho de pessoas nas Instituições de Ensino Superior.

Atualmente, uma comissão foi formada para elaborar um regulamento próprio, no qual se defina os procedimentos necessários para a aplicação da medida. No entanto, já é possível entrar com um processo de pedido caso haja o desejo, como fez Daniele.