O professor do Departamento de Medicina da Universidade Estadual de Maringá e chefe da Pediatria do Hospital Universitário, Sérgio Ricardo Lopes de Oliveira, foi convidado para apresentar um artigo no Congresso Internacional de Pediatria em Hohhot. Promovido pela EPS Global Medical Development Inc, entidade de consultoria médica do Canadá, o evento será na cidade de Hohhot, na China, de 3 a 5 de agosto. O trabalho partiu dos resultados de sua dissertação de mestrado, defendida no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Saúde, sob orientação de Maria Dalva Barros Carvalho, do Departamento de Medicina, em 2007, na UEM, onde também cursou a graduação. O artigo Utilização de Assentos de Segurança por Crianças Matriculadas em Creches foi publicado na Revista Saúde Pública originalmente em português; devido a sua importância, também o foi em inglês.

Em seu mestrado, Oliveira procurou estimar a prevalência de utilização de assentos de segurança infantil (conhecidos como cadeirinhas de carro) e fatores associados. O estudo foi realizado em 15 creches de Maringá, entre março a maio de 2007, e abrangeu 301 veículos. O desfecho considerado foi a utilização de assento de segurança infantil por crianças de até quatro anos de idade. Entre os motoristas abordados, 51,8% usavam cinto de segurança (60,4% das mulheres, 44,9% dos homens). Entre as crianças, 36,1% usavam assentos de segurança infantil, 45,4% eram transportadas soltas, 16,0% estavam no colo de adultos, 2,7% usavam o cinto de segurança. Segundo Oliveira, a utilização de assentos de segurança infantil mostrou-se associada à idade da criança, uso de cinto de segurança pelo condutor e estrato sociocupacional da creche.

Em seu doutorado, defendido em dezembro de 2010, na USP, enfocou os erros de utilização do dispositivo. O professor pretende prosseguir os estudos sobre o tema e já protocolou projeto Pibic para verificar como a lei das cadeirinhas alterou o cenário da frequência de uso e os erros de utilização dos assentos de segurança infantil. Prevê que os trabalhos comecem no segundo semestre deste ano ou em 2012. Para Oliveira, os índices de utilização encontrados em 2007 são baixos e isso surge como desafio à medicina preventiva no Brasil, exigindo atenção e atuação para sua disseminação na população.