A volta da educação musical às escolas foi o tema central dos discursos durante a abertura do 14º  Encontro Regional Sul da Abem (Associação Brasileira de Educação Musical) que está sendo realizado na Universidade Estadual de Maringá, nesta sexta-feira e neste sábado, dias 27 e 28. A programação está recheada de palestras, 13 cursos, sete grupos de trabalho, 45 comunicações de pesquisa e de experiências e 9 pôsteres, além de apresentação musical.

A coordenadora do evento Cássia Regina Coelho comentou que a equipe do comitê científico analisou quase 150 trabalhos, dos quais, foram aprovados 55. Disse que o encontro também privilegiava os trabalhos acadêmicos e a pesquisa. A coordenadora-adjunta Vânia Malaguti Fialho, lembrou que o evento é itinerante e passa por várias cidades do Sul do Brasil. Falou que o momento é propício para discutir a lei que implementa a música nas escolas, além de discutir e refletir sobre outros assuntos ligados ao setor. Comentou que a programação do evento estava bem recheada e desejou que a música possa estar em todas as escolas.

A presidente da Abem, Magali Kleber, destacou que a música deve ser entendida como área de conhecimento e que o retorno da educação musical nas escolas é uma das lutas da Abem. Disse que o sistema educacional brasileiro precisa passar por reformas paradigmáticas e que o encontro potencializa a discussão. A secretária de Cultura de Maringá, Flor Duarte, comentou que o encontro é fundamental, assim como a música na escola. Por meio da música, acredita que o mundo melhore. A prefeita de Jussara, Luciana Mara Tachini Barbosa, falou de seu contentamento em ver a educação se mobilizando para levar a música para as escolas. Informou sobre a experiência do município nessa área. Para ela, a construção de país melhor passa por uma educação melhor.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, José Gilberto Catunda Sales, ressaltou que, dentro desta Universidade, o futuro chegou para as áreas de música, arte, cultura de forma imensurável. Mas que existe dentro de todos um sentimento de defasagem, o desejo de avançar. Disse que é importe a vivência musical para formação humana. Citou três elementos necessários para superar a defasagem: o conhecimento, a inserção e a inovação. Ressaltou que o único ser que pode inovar é o ser humano e que o ser humano sem música, sem arte, sem sensibilidade vai negar o Criador.

Logo após a solenidade de abertura, houve apresentação dos projetos musicais desenvolvidos em Santa Fé com crianças, cujas aulas são ministradas por alunos de Música da UEM. Com o encerramento do financiamento pelo Programa Sem Fronteiras, os projetos correram o risco de serem encerrados, mas a Enviro Chimie, uma empresa alemã, resolveu adotar a iniciativa. Depois foi realizada a mesa-redonda Música na Escola: desafios contemporâneos. À tarde, será debatido o tema Música no Contexto Escolar: possibilidades práticas. No sábado, às 11 horas, no PDE, bloco B-33, a professora Ana Maria Bolívar Norma, da Colômbia, fala sobre Educação Musical em Medellín.

E, para o encerramento, está prevista a apresentação do musical cênico Trupe do Trapo, renomado grupo composto por pessoas com e sem deficiências. O espetáculo será no Teatro Barracão e é patrocinado pela Secretaria Municipal de Cultura de Maringá.

Outras informações no site www.faticulo.com.br/abemsul2011.