Quem quiser assistir a entrevista da psicóloga Eliane Maio, professora do Departamento de Teoria e Prática da Educação da Universidade Estadual de Maringá, no Programa do Jô, pode acessá-la no You Tube. A matéria foi ao ar na terça-feira. O tema, abordado durante a entrevista, foi o livro recém-lançado pela professora - O Nome da Coisa (Editora Unicorpore) – que é fruto de sua tese de doutorado.

Trata-se de um estudo muito bem embasado teoricamente, no qual ela discute a repressão sexual e a sua influência no espaço educativo. Debatendo a linguagem e seus condicionantes ideológicos, a professora trabalha os meandros do interdito, do que não se expressa, não se pronuncia no campo formal, palavras negadas, sobre sexo e sexualidade. E evidencia, por exemplo, a dificuldade que muitos professores têm ao lidar com as manifestações de sexualidade dos alunos e alunas.

Para desenvolver a obra, ela conta que ouviu quase 5 mil pessoas, de vários lugares do país, chegando a cerca de 1.300 apelidos para o pênis, vulva, relação sexual e masturbação. Esses “apelidos” ajudaram a professora a subsidiar o quanto a educação sexual é negada e reprimida, em especial nos ambientes escolares.

O livro foi lançado no final de abril, durante o 2º Simpósio Internacional de Educação Sexual, evento organizado por Eliane Maio. Ela explica que, incentivada por professores e alunos, mandou um e-mail para a produção do programa do Jô Soares. “Na verdade, foi mais uma brincadeira, não achei que teria retorno. Mas em sete dias fui procurada pela produção e o resultado está aí”.

Para ter acesso à tese da professora, defendida pela Unesp-Araraquara acesse o link. E para quem quiser adquirir o livro, visite o site da editora Unicorpore.