A VIII Jornada de Políticas Públicas da UEM, realizada no último dia 18 de setembro, reuniu cerca de 200 participantes em acampamento e assentamento do MST do Paraná. Evento que acontece todo ano e que promove visita técnica e aula monitorada na modalidade de educação no campo, a Jornada é promovida pelo Projeto de Ensino Políticas Públicas e Gestão no Brasil: educação no e do campo, pelo G.E.P.P.G.E, Grupo de Estudos em Políticas Públicas e Gestão Educacional e pela Área de Políticas Públicas e Gestão Educacional, do Departamento de Teoria e Prática da Educação.  

Neste ano, o evento organizou uma aula monitorada no acampamento Elias Gonçalves de Meura, do MST, em Planaltina, onde professores, funcionários e acadêmicos dos cursos de pedagogia e de algumas licenciaturas do câmpus-sede da UEM, do Câmpus Regional de Cianorte e acadêmicos da Fafipa, juntamente com participantes da comunidade externa, visitaram a escola itinerante Carlos Marichella, ligada ao mesmo acampamento. Na ocasião, a Pedagoga Fátima Kinopi e demais educadores do movimento apresentaram a história e os princípios filosóficos da escola. Em seguida, a caravana prosseguiu para a aula monitorada no assentamento Pontal do Tigre, em Querência do Norte. Os participantes conheceram a história do assentamento desde o período em que as famílias estiveram acampadas e também a estrutura e organização da escola Chico Mendes e Colégio Centrão, que atendem alunos do acampamento. O relato coletivo dos pais evidenciou a luta pela conquista do direito a terra e a educação. O evento contou ainda com a participação de acadêmicos do curso de pedagogia, que realizaram estágio de Gestão Escolar com o objetivo de conhecer a realidade da gestão democrática numa escola do campo pertencente ao MST. Conforme os organizadores da Jornada, “os resultados deste evento apontaram para a necessidade de ampliação de pesquisas e estudos na área das políticas para a educação no e do campo, na compreensão de uma pedagogia específica para a formação de educadores que atuarão nesta modalidade de ensino”. Também segundo os organizadores do evento “a ampliação do debate e a luta por uma educação de qualidade destinada aos camponeses é uma questão de luta do movimento MST e deve ser também das Universidades, pesquisadores e educadores, tarefa da qual a Universidade Estadual de Maringá tem lutado para alcançar resultados positivos na formação de pesquisadores, educadores e gestores que atuarão nas escolas do/no campo”.