O curso de agronomia da Universidade Estadual de Maringá teve participação importante no resultado final de uma área experimental com soja, em Iguaraçu, cujo início da colheita reuniu, na última sexta-feira (5), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, e outras autoridades parceiras do projeto Lavouras do Brasil, entre elas o vice-reitor da UEM, Mário Azevedo. Veja galeria de fotos.

Falando ao vivo pelo Canal Rural, idealizador do projeto, Azevedo saudou os professores e alunos da agronomia envolvidos no trabalho e parabenizou o Canal Rural pela iniciativa. Azevedo lembrou a participação de outras universidades no projeto e disse ter a certeza de que a parceria traria muitas alegrias a todos.

Coordenador do curso de agronomia na UEM, o professor Ednaldo Michelon enalteceu a ação inovadora desenvolvida pela instituição, observando que a região noroeste paranaense não seria a mesma sem a presença da UEM.

Michelon afirmou, ainda, que o trabalho na lavoura experimental, monitorada 24 horas por câmaras de televisão, levou em conta o tripé entre pesquisa, ensino e extensão.

O consultor técnico do projeto, Áureo Lantemann, fez uma apresentação sobre o panorama da colheita de soja no Paraná, antecipando que o Estado deve produzir 13,5 milhões de toneladas do grão, cerca de 120 sacas por alqueire.

Ele explicou que na área experimental foi aplicado “um pacote tecnológico”. Segundo Lantmann, foi considerada desde a escolha da área até a escolha da variedade, a colheita, o rendimento, armazenagem e análise econômica.

Além de Lantmann, os cinco alunos do curso de agronomia da UEM, participantes do trabalho, falaram sobre a atuação deles no projeto. Com a atuação dos estudantes, que observaram o desenvolvimento da lavoura, coletando dados, as informações foram repassadas aos produtores rurais, por meio da internet, para que eles acompanhassem o trabalho feito no local.

O ministro Reinhold Stephanes disse que eficiência, hoje, é uma palavra chave em agricultura. De acordo com ele, dos grandes produtores agrícolas o Brasil é o que mais cresceu em eficiência nos últimos anos.

Stephanes destacou a participação importante das universidades em projetos desta natureza, assinalando que elas ajudam a construir modelos de sustentabilidade, como o plantio direto com qualidade.

O vice-presidente da Bunge Fertilizantes, Ariosto Riva; e o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, estiveram presentes à solenidade, além do pesquisador da Embrapa, Francisco Krzyzanowski, que representou o presidente da Empresa, José Roberto Rodrigues Peres.

O professor Alessandro Braccini, do curso de agronomia da UEM e que foi o coordenador técnico do projeto Lavouras do Brasil local, não compareceu por motivos de saúde.

Após as apresentações feitas num estande especialmente preparado para a ocasião, o ministro subiu numa colheitadeira e acompanhou o início da colheita, também com transmissão ao vivo do canal Rural.

O trabalho experimental começou em agosto de 2009, quando o Canal Rural, da RBS (Rede Brasil Sul), lançou o projeto Lavouras do Brasil em algumas das principais regiões produtoras de soja do País, entre elas a de Maringá.

A lavoura de Maringá utilizou a variedade de soja BRS243RR, da Embrapa, com característica de ciclo de 125 dias (ciclo determinado e precoce).

Cada lavoura recebeu, ao longo de sete meses, o melhor tratamento em termos de tecnologia disponível no Brasil. Além do manejo diferenciado, a área teve a aplicação de bioreguladores e tratamento fitossanitário, sempre com o monitoramento dos custos. A estimativa é que a área de Maringá apresente a produtividade de 162 sacas por alqueire, considerada muito boa se comparada aos índices obtidos em lavouras convencionais.

Lavouras do Brasil tem a parceria técnica da Embrapa, patrocínio da Bunge e apoio da Syngenta e Massey Ferguson. A área supervisionada pela UEM fica na Fazenda Ouro Branco, a cerca de 20 quilômetros do centro de Maringá.