Com a presença da coordenadora da pastoral do idoso, a médica sanitarista Zilda Arns, será aberto, no dia 11 de novembro, o Simpósio Maringaense de Gerontologia. A abertura será às 20 horas no auditório Luzamor. Arns ministra a conferência Cidadania e Qualidade de Vida do Idoso no Meio Urbano, que constitui o tema central do Simpósio.

O evento aglutina diversas entidades parceiras, que se reuniram para debater políticas públicas, ações sociais e propostas educativas que possam afetar positivamente a qualidade de vida da população idosa.

Para a coordenadora, professora Regina Taam, essa união de forças é o grande diferencial do Simpósio, que tende a ser um marco para a cidade. A professora destaca a mesa-redonda O que é uma Cidade Amiga do Idoso?. Segundo ela esse debate é pertinente e atual uma vez que Maringá está pleiteando a concessão deste título, que é concedido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e garante uma série de benefícios, incluindo parcerias internacionais com recursos para projetos na área.

A professora Ana Lúcia Rodrigues, que é uma das convidadas para esse debate, adianta que Maringá já avançou nessa direção com a implantação das Academias da Terceira Idade (ATIs), por exemplo. No entanto, ela deixa claro que ainda há várias barreiras a serem superadas, uma delas é eliminar os obstáculos à mobilidade. Isso inclui a construção de rampas e reforma de calçadas, além da adequação do sistema de transporte coletivo. Ana Lúcia Rodrigues informa que 20% da população de Maringá têm 60 anos ou mais, a maioria com renda entre média e baixa e, portanto, dependente de ônibus para se locomover. A professora questiona a qualidade do nosso sistema de transporte que começa já no acesso. “Os degraus dos ônibus são altos, dificultando o acesso de idosos que têm limitações físicas”, exemplifica a professora, lembrando que esse é apenas um dos problemas a serem solucionados.

A coordenadora do Simpósio, Regina Taam, ainda destaca a participação, no evento, do professor José Luiz Telles, representante do Ministério da Saúde, convidado a debater a saúde da população idosa. Taam também chama atenção para o debate acerca das Universidades Abertas da Terceira Idade (Unatis), outro destaque na programação.

A UEM já se prepara para implantar o seu modelo de Unati, que será um órgão ligado à Reitoria. Segundo ela, todo o projeto já foi estruturado e vai passar pela votação do Conselho Universitário, o que deve ocorrer ainda este ano, informou a professora. A partir da aprovação, a Unati passa a existir funcionalmente e começa a trabalhar com um grupo pequeno, dando início às primeiras atividades.

“Mas o projeto é ambicioso e inclui a construção de um prédio com adequações arquitetônicas voltadas a esse público alvo e o envolvimento de todos os setores da UEM, oferecendo uma gama enorme de opções”, explica ela, destacando que todo o projeto foi elaborado ouvindo a população idosa de Maringá para saber suas necessidades e anseios e desse modo oferecer um serviço que de fato atenda essa parcela da população.

As inscrições para o evento podem ser feitas até o dia 9 de novembro pelo site www.pen.uem.br/gerontologia.